domingo, 15 de junho de 2014

Mundial 2014: Grupo A


Brasil 3-1 Croácia
Conforme tinha adiantado, Scolari poderia optar por um duplo pivot no meio campo. Confesso que me surpreendeu que a escolha recaísse em Luís Gustavo... O Brasil não se apresentou tão forte como se esperava e na minha opinião é sobretudo por questões tácticas. O Brasil tem dificuldades em penetrar blocos densos (e o da Croácia nem é assim tanto) porque chega ao meio campo ofensivo sempre com pouca unidades. Sem o penalty, ia ser muito difícil...
Os dois médios defensivos não participam no ataque em zonas mais adiantadas e limitam-se a ser referências para a saída dos centrais. Depois disso não participam. Mais difícil é de compreender a quantidade de vezes em que o Brasil se desequilibra em transição. É verdade que os laterais são muito ofensivos, mas com dois médios de cobertura, não há desculpas... Não é novidade que o trabalho táctico não é o forte de Scolari.
A linha defensiva é desorganizada e baseada quase sempre nas referência individuais. Facilmente ultrapassável por um equipa competente com bola.
A Croácia acabou por fazer um jogo interessante, utilizando com muito critéria as poucas posses de bola de que ia dispondo. O meio campo criativo é fortíssimo com Modric e Rakitic em grande plano. Na frente falta qualidade para que a ligação com os médios seja mais tranquila e com menos pressa. Mandzukic não jogou, mas não com ele que a Croácia resolve estes problemas... Com ele em campo só vão aumentar os cruzamentos para a área à sua procura, e isso dificilmente ajudará a melhorar a equipa.

México 1-0 Camarões
Era de prever os 5 defesas com que o México iriam iniciar o jogo. E este é de facto o maior problema da equipa. É verdade que liberta os laterais para desequilibrarem na frente, mas retiram um jogador da frente que podia permitir mais jogo interior e diminuir o número de cruzamentos. O facto de os laterais serem obrigados a garantir a largura no ataque faz com que raramente optem por movimentos interiores (com ou sem bola).
Outra questão que diminui grandemente a qualidade do jogo do México é a escolha dos seus médios. Optar por Vázquez que praticamente não participa no jogo ofensivo em deterimento de Fábian ou Aquino é algo que me deixa bastante consternado.
Individualmente Dos Santos fez um jogo muito interessante em todos os momentos do jogo. Só recorrendo às individualidades e explorando as muitas debilidades defensivas do adversário foi possível tornar o jogo tão fácil.
Dos Camarões não há muito a acrescentar. Tem alguma qualidade individual, mas colectivamente á um desastre. Defende ao homem no campo todo e com pequenas movimentações é possível ultrapassar todo o bloco.

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