terça-feira, 13 de novembro de 2018

Liga NOS 18-19 - Tondela 1-3 SL Benfica: Até à expulsão, equilíbrio total. Depois da expulsão, a vitória.

 
O jogo teve duas partes distintas: até aos 54' o jogo foi completamente dividido em oportunidades de golo com algum domínio da posse por parte do Benfica; a partir dos 54' o Benfica dominou o jogo e criou oportunidades suficientes para ganhar o jogo com alguma facilidade.  
Em termos de posse de bola o domínio foi sempre do Benfica uma vez que a estratégia do Tondela passa mesmo por ceder a bola ao adversário em zonas menos perigosas e fechar os caminhos para as zonas mais valiosas. Depois de ganhar a posse de bola aproveitar a desorganização para criar situações de finalização com poucos toques e em pouco tempo. A primeira coisa que a rede mostra é que o posicionamento de Pizzi é diferente do habitual, mas isso explica-se pela mudança de posição de médio interior para extremo quando saiu Cervi e entrou Seferovic. Isso fez com que a influência que o Português costuma ter no meio campo fosse menor. O mais influente desta vez foi Gabriel, que jogou como médio interior esquerdo. As combinações com Grimaldo e Ruben Dias foram muitas, mas Cervi ficou de fora na maioria das vezes. Fejsa foi mais vezes chamado por Gabriel do que Cervi ou Jonas o que significa que o médio Brasileiro trás pouco à equipa em termos ofensivos e isso, penso eu, tem-se notado em todos os jogos. Conti, André Almeida e Pizzi também combinaram bastante e foi destas combinações que surgiram os 2 primeiros golos e mesmo o terceiro saiu dos pés de Pizzi. De destacar também o posicionamento de Rafa que é, nesta fase, um dos melhores valores do ataque benfiquista e, com o regresso de Jonas, podem trazer ao Benfica os golos que têm faltado para esconder novamente as debilidades defensivas de sempre.
Do Tondela não há muito a dizer em termos de posse, porque a equipa teve pouca bola (a rede de passes contempla linhas com 3 ou mais passes e não 5 como a do Benfica). Destaco a ligação entre O guarda-redes e Tomané, sempre com jogo aéreo, mas que ajuda a equipa a ter bola em zonas mais adiantadas. De resto os ataques mais perigosos acabaram sempre nos pés de Murillo que chegou a Portugal para jogar no Benfica mas que nunca chegou a vestir a camisola encarnada. 
É neste gráfico que ficam bem à vista as fragilidades deste Benfica. Ao intervalo, o Tondela tinha criado tanto como o Benfica e isso é inadmissível. No início da segunda parte voltámos ao mesmo e, na minha opinião, apenas a primeira expulsão (de David Bruno) fez com que o Benfica controlasse a bola em zonas adiantadas e criasse situações clara de golo. O gráfico não deixa margem para outras interpretações, o jogo do Benfica foi mais uma vez pobre (ofensiva e defensivamente) e o Benfica continua a permitir aos adversários mais fracos da Liga criar situações atrás de situações para fazer golo. O Tondela acabou um jogo onde foi pobre com 1.9 xG o que significa que o Tondela podia mesmo marcar mais um golo. O Benfica terminou com 3.12 xG e isso reflecte exactamente o resultado final.

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