sábado, 15 de março de 2014

Primeira parte do Benfica europeu


Benfica fez uma exibição enorme no White Hart Lane na primeira eliminatória dos oitavos de final da Liga Europa. Mais uma demonstração da qualidade da equipa mas sobretudo da qualidade da ideia de jogo do seu treinador e da forma como este o operacionaliza todos os dias no Seixal.
Na primeira parte a equipa encarnado controlou o adversário de tal forma que este fez um remate de longe em 45 minutos. Ofensivamente realço a forma como a equipa sai desde o guarda redes sempre com a bola no chão, criando uma dinâmica brutal na forma como cria constantes linhas de passe até chegar à fase da finalização. O jogo interior é sempre privilegiado mesmo sabendo que o Benfica tem apenas dois médios. O papel dos extremos é fundamental, oferecendo apoios frontais constantes (assim como os avançados).


Sem bola a equipa portuguesa foi praticamente irrepreensível. A coordenação de toda a equipa é inigualável (ao nível do melhor que se faz no mundo) quer em zonas próximas da baliza adversária, quer em zonas próximas da sua. O jogo de coberturas constante (e dinâmico) que se vai ajustando nas costas do homem que pressiona o portador permite ao Benfica eliminar praticamente todas as linhas de passe impedindo o adversário de penetrar no seu bloco.


O jogo directo foi sempre a única solução encontrada pelos ingleses. De frente para os lances e com um controlo da profundidade fantástico, a linha defensiva acabou com esses lances de forma simples e sempre eficaz. Realço o único erro (individual) da equipa na primeira parte. 45 minutos e um erro. Poucos colectivos se podem gabar de tal feito.



Mesmo em zonas muito avançadas do terreno (relembro que o jogo era em casa de uma das equipas mais fortes em qualidade individual do plantel) o Benfica foi capaz de retirar tempo e espaço ao adversário, obrigando a soltar a bola depressa e para zonas adiantadas, sem possibilidade de pensar a sua fase ofensiva e usar as suas armas (a qualidade individual de Ericsken, Adebayor, Lennon, Paulinho ou Sandro).



Jesus ganhou em casa do Tottenham jogando com dois avançados e apenas dois médios. Só uma equipa com a dinâmica deste Benfica se pode dar a esse luxo. Markovic e Sulejmani foram sempre mais dois médios interiores e mesmo Rodrigo (claramente com a tarefa de impedir  a superioridade) ocupou espaço nessa zona em diversas ocasiões. 5 médios que garantiram sempre a superioridade em todas as zonas do campo.

5 comentários:

  1. O Benfica tem bem mais qualidade insividual que esses. Nao obstante de ter gasto menos dinheiro.

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  2. É uma opinião. A minha não é essa. Os jogadores do Benfica são todos beneficiados pela qualidade do colectiva e os do Tottenham sofrem exactamente do sintoma oposto...

    Lloris, Vertonghen, Paulinho, Sandro, Ericksen, Adebayor e até Soldado jogavam de início no Benfica. Treinador por Jesus valiam muito mais do que valem hoje. A questão é só essa...

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  3. Totalmente de acordo FT.
    JJ faz os jogadores do Benfica, independentemente do grande valor que têm parecerem ainda melhores!!

    É caso para dizer que o todo é mais que a soma das partes.

    Cumprimentos

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  4. Respondeste ao meu pedido. Obrigado.
    Tá muito bom ;)

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    Respostas
    1. Sempre! :)
      Do Benfica de Jesus já não há muito à acrescentar. É do melhor que já vi e continua a evoluir e a reinventar-se.

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