terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Destaques da semana



Escrevo pela primeira vez neste blog e, por isso, antes de qualquer análise, quero agradecer o convite do autor deste espaço, meu grande amigo e parceiro de muitas horas dedicadas a um tema que tanto gostamos: o futebol.
Quanto aos destaques da semana, escrevo essencialmente sobre o futebol português, por influência também da minha actividade profissional, sendo que haverão algumas excepções. A Premier League, por exemplo, e também por influência profissional, deverá merecer alguns destaques. Vamos às notas desta semana.

1.   José Mourinho
A primeira vez que aqui escrevo quero dedicá-la a uma das, senão a maior, inspirações quando decidi tirar os cursos de treinador e abraçar essa actividade.
A vitória que conquistou esta segunda-feira, em casa do todo poderoso Manchester City, dá-lhe ainda mais hipóteses de lutar até final pelo título. É verdade que do outro lado faltavam alguns jogadores, principalmente Fernandinho e Aguero, mas ainda assim penso que é totalmente justo dar-se os merecidos créditos ao treinador português. Já hoje li algures que “no futebol inglês são onze contra onze e no fim ganha o Mourinho”. É uma graça, bem sei. Não é sempre assim, também sabemos. Mas dá gozo estar cá neste cantinho e ir assistindo aos feitos do para sempre “Special One”.

2.   O Dérbi e a Pressão
Não, não vou escrever sobre pressões altas ou baixas, blocos subidos ou recuados. Vou escrever sobre o jogo que é, para mim, o mais bonito do futebol português. As camisolas encarnadas (ou vermelhas, se preferirem) de um lado, as verdes e brancas do outro. As cores que dão uma vida diferente a um relvado que vejo quase todos os dias, vazio, à espera dos artistas da bola.
O Benfica - Sporting do próximo domingo não é decisivo. Mas pode ser determinante. A pressão, dizem alguns, está do lado dos leões porque em caso de derrota ficam a cinco pontos do rival. Há alguma lógica nisso. Mas, na minha opinião, a maior pressão está do lado benfiquista. Todos têm consciência que, em Fevereiro, poder avançar para quatro e cinco pontos de distância dos principais rivais é meio caminho andado para o sucesso. E todos têm consciência que, digam o que disserem, a qualidade de um e de outro plantel é distinta. E até mesmo do onze mais utilizado. Daí a tal pressão acrescida que aponto ao Benfica para este dérbi.

3.   Os Planos B
Este dérbi vai ter um motivo de interesse acrescido. Os planos B de ambas as equipas. De um lado, o do Benfica de Jesus, deverá continuar a ser aposta o 4x4x2 que o técnico tanto gosta. E, de facto, dá mais dimensão ofensiva à equipa. Há quem defenda que, principalmente nos jogos mais complicados, Jesus deveria incluir mais um médio, Ruben Amorim seria uma das possibilidades (um jogador que vai merecer uma análise numa das próximas crónicas), deixando de fora um dos avançados. O Benfica jogaria assim num sistema mais próximo do 4x3x3.
Curiosamente, do outro lado, o do Sporting de Jardim, a aposta principal é o tal 4x3x3 e o plano B aparece quando o técnico madeirense retira um dos médios (normalmente André Martins) e junta Slimani a Montero, passando assim para o 4x4x2. Mas este domingo não há William Carvalho.
Veremos o que decidem Jesus e Jardim. Bom dérbi a todos.

Esta semana ficamos por aqui.
Até daqui a alguns dias.

6 comentários:

  1. Bem-vindo as Cenas da bola, que seja o primeiro post de muitos :-)

    Gostava de ter lido nos destaques da semana uma análise a quem é que perdeu mais nesta semana de perda de pontos… não deixa de ser verdade que os do Sul ganharam um ponto ao Norte, mas também perderam uma oportunidade de aumentar a distância e no fim todos os pontos contam.

    Abraço e continuação.

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    1. Obrigado pelo comentário.
      Em jeito de resposta, devo dizer que me parece claro que quem mais perdeu foi o FC Porto uma vez que não somou qualquer ponto.
      Em relação aos outros dois candidatos ao título, se compararmos o grau de dificuldade, penso que podemos dizer que o Sporting acabou por ser o mais prejudicado da jornada entre os rivais da Segunda Circular.

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    2. Talvez pelo Sporting possa ter perdido mais que o Benfica, por ter jogado em casa e principalmente por William (dos jogadores mais importantes a par de Adrien) ter visto amarelo e ficar impedido de jogar contra o rival.

      Porque entre o Gil e Académica, o Gil atravessa uma má fase (que praticamente começou com a derrota contra o Sporting em casa), enquanto Académica tem vindo a subir de rendimento (tendo alias ganho ao Porto).

      Acho que o Benfica voltou a pecar, principalmente porque lhe foi oferecida a vitória no último minuto (jogou bastante tempo com menos um jogador, por culpa própria), não aproveitou novamente o que podia ser já uma vantagem interessante (principalmente para o Porto).

      Mais ainda, acho que depois de o JJ ter frisado durante a semana que o Benfica teria de ganhar sempre. Empatou e o discurso no final do jogo foi que tinha ganho um ponto. Eu acho que perdeu 2!

      O JJ é grande, mas acho que não se poderá dizer que se ganha quando se perde (como foi MAIS este caso).

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    3. Também sou da opinião que é pior empatar em casa com a Académica (ou Arouca e Belenenses, por exemplo) do que fora com o Gil Vicente. Por ser fora e por ter sido no campo que foi...

      Em relação ao discurso de JJ ele diz que o Benfica tem que ganhar sempre e isso é inegável! Tem que se dizer sempre. Neste caso o Benfica não ganhou mas acabou por ganhar 1 ponto a um rival directo. Isto é um facto. O JJ não disse que ficou satisfeito com o empate...nem pode!

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  2. Boas Tardes...
    Amigos... Acham que o Tacuara deve de entrar de inicio. Mesmo tendo estado fora tanto tempo? Não vos parece que o Lima tem estado em sub-rendimento?
    Abraço a todos!

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    1. Marco, Isso depende muito da condição física do jogador. Se foi convocado para Barcelos deve estar em condições e por isso acho que deve jogar de início. Pura e simplesmente porque é melhor que Rodrigo e Lima.

      Em relação ao Lima, só se fala nele porque não marca. Lima dá ao colectivo muito mais do que golos. Rodrigo sem golos não é nada...

      Cumprimentos,
      Telmo Frias

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