quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Análise ao modelo do Ajax 2013/2014: primeira parte


 Início do jogo com vontade de ter muita bola mas com pouco critério demasiada vertigem. Tentam manter um bloco pressionante bastante subido mas sem acompanhamento da linha defensiva e dos médios mais recuados. Em momentos de pressão (recepção de costas ou bola no corredor lateral) os avançados sobem, pressionam o portador e retiram linhas de passe nas zonas mais próximas. No entanto esticam demasiado o bloco (em profundidade) mantendo a linha defensiva e média muito longe da zona de pressão. Isto cria um espaço enorme entre linhas que o adversário facilmente aproveita para desequilíbrios. Se juntarmos a isto uma completa ausência de pressão no meio campo defensivo, os caminhos para a baliza estão escancarados.
A linha defensiva demonstrou alguma fragilidade na coordenação e pôs em risco a baliza em mais do que uma situação.


Em organização ofensiva, o Ajax mostra capacidade para usar bem o corredor central. Mostra que é possível fazê-lo bem e que tem qualidade individual para isso. É pena que nesta primeira parte do jogo tenha acontecido em tão poucas situações. Nesta situação que mostro, vemos que o GR e a defesa estão preparados para correr risco e manter a posse mesma em situações de vantagem mínima. Falta melhorar a ligação entre a fase de construcção e a fase de criação.


Grande parte das dificuldades em continuar a construcção de forma sustentada pode explicar-se pela ausência de apoios interiores o que faz com que o jogo se oriente sempre para os corredores laterais e com um único objectivo: correria em direcção à baliza.


Em resumo, o Ajax parece saber fazer bem mas não parece haver muito trabalho nesse sentido. Mas ainda faltam 45 minutos. Esperemos que melhore.
Individualmente gostei de Daley Blind (filho de Danny Blind, grande central do Ajax e da Holanda dos anos 90). Já o tinha visto jogar como central mas despertou-me a atenção a qualidade posicional e de passe que empresta à equipa como médio defensivo. Sofre do problema da desorganização colectiva da equipa nas transições...

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