No jogo grande da semana defrontaram-se terceiro e quarto classificados da lia NOS com uma Benfica a atravessar um fase de pouca produtividade, apesar das vitórias, e o Braga a atravessar uma boa fase com bons resultados e boas exibições. Tudo levava a crer que seria um jogo intenso, equilibrado e com um resultado disputado ao segundo. Não foi bem assim...
O Benfica, em termos posicionais e de padrão de passes, foi o que tem sido sempre. Muitos passes, sempre por fora, pouco jogo interior e predileção pelo corredor esquerdo. Grimaldo, Cervi e Pizzi estiveram muito activos no corredor esquerdo e no centro. André Almeida, Zivkovic e Pizzi na direita e no centro também criaram bastantes. Mais uma prova cabal da importância de Pizzi na equipa do Benfica. Mais uma exibição muito boa do médio Português a criar, a desequilibrar e desta vez até a marcar (5 golos e 5 assistências em 14 jogos!). Achar que Pizzi é um dos problemas do Benfica é idiota e Rui Vitória, que o tem substituído sempre que a equipa está a perder, tem que perceber rapidamente, porque a equipa piora sempre que Pizzi não está.
O Braga teve muito menos possibilidades de combinar com bola do que está habituado mas ainda assim, até ao terceiro golo do Benfica o Braga teve algumas oportunidades e o controlo do jogo foi bastante dividido. No entanto, a pressão que o Benfica conseguiu fazer bem desta vez impediu que o Braga tivesse tanta bola como desejaria e precisava. Ao contrário do Benfica, o Braga tentou sempre construir pelo corredor central, mas não conseguiu depois passar à segunda fase de construção e ligar com o ataque convenientemente. O Braga jogou em 4-4-2 com Claudemir e Fransérgio no meio campo, com Horta e Esgaio nos corredores laterais (quase sem bola) e Dyego Sousa e Paulinho na frente. Claudemir foi o elo de ligação na primeira fase mas não conseguiu ligar muitas vezes com Fransérgio ou com ou 4 da frente (algumas combinações com Esgaio mas sem grande resultado). A equipa do Braga esteve sempre muito recuada, pressionou pouco e penso que Abel sobrestimou o adversário.
O gráfico de golos esperados mostra claramente o equilíbrio até ao terceiro golo do Benfica (de Grimaldo) que nasceu de um erro individual. Ao intervalo, com o resultado em 2-0 os golos esperados davam 1.18 xG vs 0.81 xG que representam muito pouco do resultado naquele momento. Depois do terceiro golo o Braga deixou de criar e tirando os 2 lances dos golos (no segundo o resultado era 6-1!) os arsenalistas desistiram de jogar. Tudo isto para dizer que a vitória é totalmente justa mas os números são muito exagerados! O Benfica não jogou para marcar 6 nem o Braga jogou tão pouco para sofrer 6... Ainda assim o encarnados terminam o ano no segundo lugar, o que acaba por ser positivo depois de tanta instabilidade.
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