quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Ajax - SL Benfica


O Benfica pode ter dito adeus aos oitavos de final da Liga dos Campeões deste ano depois de ter perdido, de forma inglória, com o Ajax por 1-0 depois de passar 91 minutos com um resultado que tinha algum  interesse: 0-0.
Não vi o jogo por completo (esta treta de ser preciso assinar 3 canais premium para ver os jogos todos dá nisto...) mas vi o suficiente para perceber que os Holandeses controlaram a posse - porque o Benfica gosta de jogar assim contra equipas de valor igual ou superior - e acabou por ter mais oportunidades de golo que o Benfica. Ainda assim, e sobretudo na primeira parte, o Benfica conseguiu dividir as oportunidades de golo, criando 2 ou 3 situações claras.
Se olharmos para a rede de passes do Benfica é bastante fácil de perceber que a equipa não controlou a posse. Há poucos padrões (mais de 4 passes entre dois jogadores) e o jogo interior é praticamente nulo. Os corredores laterais continuam a ser a predilecção de Rui Vitória e sempre que está Grimaldo e Pizzi desse lado, o corredor esquerdo é o mais interveniente. Sálvio e André Almedia também combinam com alguma frequência mas desta vez com pouca produtividade uma vez que não há linhas de Sálvio para outro colega no ataque. De notar ainda o facto de Rafa participar muito mais em zonas interiores do campo (ver posicionamento médio das suas acções) em contraste com Sálvio que está constantemente agarrado ao corredor para tentar desequilíbrios. Seferovic foi solicitado maioritariamente pelo ar e raramente conseguiu construir a partir daí. Desta vez Odisseas aparece com uma linha para Jardel o que até é estranho uma vez que o Benfica saiu 90% das vezes pelo ar.
É fácil de perceber pela rede do Ajax que foram os Holandeses que dominaram a posse de bola. O jogo interior é claro e perceptível pela grossura das linhas, sobretudo de Daley Blind para Schone e para De Jong. O avançado Holandês titular na noite passes - Kasper Dollberg - esteve bastante fora do envolvimento atacante que é alicerçado sobretudo pelo jogo interior dos extremos - Zyech e Tadic - e dos médios Van de Beek e De Jong. O jogo do Ajax também é assimétrico e desdobra-se muito mais pelo corredor esquerdo. A razão é a mesma que o Benfica, a qualidade dos jogadores nesse corredor é superior: Blind, De Jong e Tadic, combinam muito mais do que De Ligt, Mazraoui e Zyech, apesar do extremo Marroquino participar bastante com combinações interiores.
À terceira jornada, Ajax e Bayern estão na frente com 7 pontos e o Benfica segue atrás com 3. Se tivermos em conta que Holandeses e Alemães vão defrontar o AEK e em princípio ganham e fazem 10 pontos, a qualificação  do Benfica deve estar condenada uma vez que é pouco provável que o Benfica faça 7 pontos na segunda volta...

Sem comentários:

Enviar um comentário