quarta-feira, 2 de abril de 2014

Luís Castro e as mudanças


Paulo Fonseca saiu e para o seu lugar foi admitido o treinador da equipa B. Passados dois jogos (duas vitórias) começaram imediatamente a aparecer os comentários de que a equipa já estava a mudar, que estava colectivamente mais forte, mais capaz e que tudo estava relacionado com a mudança de treinador.
Passaram agora 7 jogos (4 vitórias, 2 derrotas e 1 empate) e, na minha opinião, a equipa está praticamente na mesma. Apostou num ou outro jogador que antes não era opção (alguns por obrigação) como Defour, Quintero ou Ghilas. Inverteu o triângulo do meio campo deixando Fernando como único pivot defensivo e soltando mais um médio interior. De resto, tudo na mesma. As mesmas fragilidades sem bola, as mesmas dificuldades em desorganizar o adversário, utilização abusiva dos corredores, etc.
No entanto, Luís Castro não tem responsabilidade nenhuma nisto! E não tem nem nas melhorias, que têm muito mais a ver com a libertação psicológica da anterior liderança (os resultados negativos carregam a equipa com um peso negativo forte), nem na continuidade das fragilidades. O FC Porto, desde que Luís Castro assumiu o comando deve ter tido, no máximo, meia dúzia de treino aquisitivos e com capacidade de fazer mudar alguma coisa na dinâmica da equipa. Jogar quinta e Domingo obriga a que a grande maioria dos treinos seja de recuperação e de activação antes do jogo. Pura e simplesmente Luís Castro não teve tempo para por em prática nenhuma das suas ideias.
Só ficando como líder na próxima época pode mostrar o que pretende do jogo e que capacidade tem para fazer com que os seus jogadores interpretem com qualidade as suas ideias. Tudo o resto é imaginação de quem tem que dizer alguma coisa todas as semanas ou de quem quer, à força, encontrar o salvador.

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