1.
Jorge Jesus
Ponto prévio: sou admirador do
treinador do Sport Lisboa e Benfica. Não por ser o treinador do meu clube, mas
sim porque gosto de ver as suas equipas, sempre gostei, desde que me lembro de
ver futebol.
E felizmente já tive oportunidade
de lho dizer pessoalmente. Estávamos num estágio em Nyon, na Suíça, no Verão de
2010, quando lhe disse que o seguia desde a época 95/96. Ficou admirado…
“Quantos anos tens tu? Eras novinho nessa altura…”. E era, de facto. Tinha 13,
14 anos quando via o Felgueiras recém-promovido à então I Divisão a jogar com
três defesas à frente do guardião Zé Carlos, Sérgio Conceição a mostrar-se e a
fazer o flanco direito, e homens como Lewis, Clint e um promissor Filipe
Azevedo na frente. Não recordo tudo, sei no entanto que o Felgueiras até acabou
por descer depois de uma primeira volta sensacional, mas comecei aí a gostar de
Jorge Jesus. E passei a seguir o seu trabalho.
Sou, como todos sabem, benfiquista
assumido. A ninguém mais do que a mim custou tanto o final da última época. Como
sabem, enquanto Jesus caía de joelhos naquele maldito minuto 92 no Dragão, eu
baixava a cabeça em directo. Os dois estávamos tristes. Os dois reagimos de uma
forma genuína, sem pensar no que iam dizer depois. Não me arrependo, foi o que
foi. E não consigo, ainda hoje, culpar o meu treinador pelas três derrotas
decisivas que negaram uma época que devia ter sido recheada de títulos. E por
isso estou com Jorge Jesus quando ele diz que ninguém lhe vai tirar o mérito de
ter chegado às três finais.
Jorge Jesus tem muitas qualidades.
Muitas mesmo. Mas também tem defeitos. Alguns. Só que, como li algures, os
defeitos nos grandes treinadores são muito mais visíveis, porque são poucos.
Concordo. O maior defeito, e digo-o sem problemas, tem sido a dificuldade de
lidar com os momentos positivos da equipa. “Convencido”, “fanfarrão”,
“arrogante”, já ouvi e li de tudo quando falam ou escrevem sobre o meu
treinador. Mas, admito, eu gosto dele assim. Gostava ainda mais se o Benfica
tivesse ganho aquelas três finais, talvez, mas próximas virão. E acredito que
desta vez será diferente.
2.
Manchester
City x Barcelona
Vi com moderada atenção o jogo
entre o Manchester City e o Barcelona, na terça-feira. Vi um Barcelona que é
aquilo, nada de muito novo. Mas é eficaz naquilo. Nunca retirei mérito ao modo
de jogar dos catalães, embora me pareça menos “penetrante” que o da era
anterior, mais para o lado e para trás.
Do lado do City, que conheço melhor
dado os “afazeres” profissionais, já esperava que se notasse demasiado a
ausência de Kun Aguero. O City precisava de alguém que desequilibrasse, que no
1x1 conseguisse furar sozinho. E também estava curioso por ver um jogador que
me custa entender como passou tantos anos escondido na Ucrânia: Fernandinho.
Que craque! E vai prová-lo no Mundial.
Esta semana ficamos por aqui, até
porque o primeiro destaque ficou longo.
Até daqui a alguns dias.
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