quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Destaques da semana


1.   Jorge Jesus
Ponto prévio: sou admirador do treinador do Sport Lisboa e Benfica. Não por ser o treinador do meu clube, mas sim porque gosto de ver as suas equipas, sempre gostei, desde que me lembro de ver futebol.
E felizmente já tive oportunidade de lho dizer pessoalmente. Estávamos num estágio em Nyon, na Suíça, no Verão de 2010, quando lhe disse que o seguia desde a época 95/96. Ficou admirado… “Quantos anos tens tu? Eras novinho nessa altura…”. E era, de facto. Tinha 13, 14 anos quando via o Felgueiras recém-promovido à então I Divisão a jogar com três defesas à frente do guardião Zé Carlos, Sérgio Conceição a mostrar-se e a fazer o flanco direito, e homens como Lewis, Clint e um promissor Filipe Azevedo na frente. Não recordo tudo, sei no entanto que o Felgueiras até acabou por descer depois de uma primeira volta sensacional, mas comecei aí a gostar de Jorge Jesus. E passei a seguir o seu trabalho.
Sou, como todos sabem, benfiquista assumido. A ninguém mais do que a mim custou tanto o final da última época. Como sabem, enquanto Jesus caía de joelhos naquele maldito minuto 92 no Dragão, eu baixava a cabeça em directo. Os dois estávamos tristes. Os dois reagimos de uma forma genuína, sem pensar no que iam dizer depois. Não me arrependo, foi o que foi. E não consigo, ainda hoje, culpar o meu treinador pelas três derrotas decisivas que negaram uma época que devia ter sido recheada de títulos. E por isso estou com Jorge Jesus quando ele diz que ninguém lhe vai tirar o mérito de ter chegado às três finais.
Jorge Jesus tem muitas qualidades. Muitas mesmo. Mas também tem defeitos. Alguns. Só que, como li algures, os defeitos nos grandes treinadores são muito mais visíveis, porque são poucos. Concordo. O maior defeito, e digo-o sem problemas, tem sido a dificuldade de lidar com os momentos positivos da equipa. “Convencido”, “fanfarrão”, “arrogante”, já ouvi e li de tudo quando falam ou escrevem sobre o meu treinador. Mas, admito, eu gosto dele assim. Gostava ainda mais se o Benfica tivesse ganho aquelas três finais, talvez, mas próximas virão. E acredito que desta vez será diferente.

2.   Manchester City x Barcelona
Vi com moderada atenção o jogo entre o Manchester City e o Barcelona, na terça-feira. Vi um Barcelona que é aquilo, nada de muito novo. Mas é eficaz naquilo. Nunca retirei mérito ao modo de jogar dos catalães, embora me pareça menos “penetrante” que o da era anterior, mais para o lado e para trás.
Do lado do City, que conheço melhor dado os “afazeres” profissionais, já esperava que se notasse demasiado a ausência de Kun Aguero. O City precisava de alguém que desequilibrasse, que no 1x1 conseguisse furar sozinho. E também estava curioso por ver um jogador que me custa entender como passou tantos anos escondido na Ucrânia: Fernandinho. Que craque! E vai prová-lo no Mundial.

Esta semana ficamos por aqui, até porque o primeiro destaque ficou longo.

Até daqui a alguns dias.

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