quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Manchester United - Tottenham: primeira parte


Toda a gente sabia que ia ser um ano difícil para o Manchester United. Substituir o treinador mais titulado da história de um clube e do mundo nunca poderia ser uma tarefa fácil. O início titubeante, apesar de poder ser espectável, a mim surpreendeu-me uma vez que tinha em boa conta David Moyes (sem conhecer o seu "jogar" com grande pormenor).

Da primeira parte do jogo posso dizer que equipa de Manchester foi uma terrível desilusão. Ofensivamente são previsíveis, procuram jogar apenas e só pelos corredores laterais (com o extremo e o lateral na mesma linha...), não há apoios ao portador e o cruzamento acaba por ser a solução que resta à maioria das situações. Ou cruzamento ou passe longo para zonas menos povoadas...


Defensivamente são pouco agressivos individualmente perdendo diversos duelos de disputa de bola e normalmente são macios na contenção sendo ultrapassados com uma facilidade que assusta.

A organização defensiva é descoordenada e parece baseada sobretudo nas decisões individuais de cada jogador. 




A transição defensiva é deixada ao acaso e à mercê da ideia que cada jogador tenha no lance. Para piorar um pouco, a reacção à perda é quase nula e marcada por uma falta de agressividade que raramente se vê nos campos ingleses...


Tem a desculpa de ser o primeiro jogo que estou a analisar (e ainda só vamos na primeira parte) e de ser uma tarefa complicada suceder a Sir Alex Ferguson. No entanto a primeira imagem é de uma fragilidade e falta de trabalho gritantes!

4 comentários:

  1. Previa um MU mais fraco, mas não tanto...não me pareceu uma boa escolha, principalmente de líder......!!

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  2. Estou como tu! Pode ter sido uma primeira parte má, todas as equipas têm de vez em quando... mas esta foi má demais...

    De Moyes conhecia pouco para além dos resultados do Everton. E esses até anteviam alguma qualidade...

    Vamos ver o que o futuro reserva!

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  3. Não vi essa 1a parte, mas pelo que tenho visto não é isolada essa exibição. Todos as equipas tem jogos maus, mas os princípios, as rotinas e as dinâmicas estão sempre presentes, apesar de não ser tão regular. Atacar pelas alas, não deve vir só desse jogo, apesar de poder ser uma estratégia desse jogo, mas se foi constante, penso que será normal. Isso foi do que mais detestei no MU, procurar constantemente a linha para cruzar.

    Exigências do evertotn eram diferentes, a tua leitura provavelmente não era tão exigente....isso condiciona sp.....! Vias o pacos ano passado, poucas coisas acrescentarias ao jogo, ves o porto este ano, acrescentarias muitas..... ;)

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  4. Só não concordo com a última parte. A minha convicção é que os princípios são tão importantes quamdo treinas o Manchester como quando treinas o Algés...
    Podem é ser princípios diferentes por causa do contexto: outros jogadores, outras capacidades, outros pontos fortes a potenciar e outras fragilidades a esconder. No entanto há princípios de organização que todas as equipas devem possuir...

    Por exemplo, há uns tempos analisei dois jogos do Estoril e tenho muitas críticas ao modelo de Marco Silva. Fiquei mesmo muito desiludido. No entanto ele continua em alta! E vai para um grande certamente...

    Apesar do Estoril não ter a qualidade que o treinador gostaria, a organização deve estar sempre presente.

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