sábado, 4 de janeiro de 2014

Liverpool - West Ham: segunda parte


O Liverpool começa a segunda parte com o 2-0 e isso condiciona a forma como abordou os minutos seguintes. Ainda mais posse, mais tranquilidade e mais critério na forma como tentavam chegar à baliza.

O West Ham desceu ainda mais as suas linhas e quase não conseguiu contra-atacar, saindo com muito menos critério que em 2 ou 3 situações da primeira parte.

Pelas razões que acima avanço, os comentários da segunda parte são dirigidos à fase ofensiva do jogo da única equipa que atacou - O Liverpool.

O Liverpool privilegia a organização ofensiva baseada na posse para desorganizar e penetrar no bloco defensivo adversário. A largura e profundidade são normalmente garantidas pelos laterais, com os extremos a ocupar posições interiores, multiplicando o número de opções para continuar o jogo no corredor central, obrigando o adversário a defender em toda a largura do campo uma vez que há sempre possibilidade de orientar o jogo para um dos corredores laterais com jogo exterior.

O primeiro vídeo mostra claramente o que acima refiro e mostra também o critério das decisões em atacar ou não a última linha do adversário. O resultado ajudava a dar essa clarividência e tranquilidade.


Suárez fez um jogo com muita qualidade e mostrou que o que tenho lido em diversos blogues é patético... Luís Suárez é muito mais do que golos e capacidades físicas. É inteligente nos seus movimentos e sabe ler o que está a acontecer na sua equipa em cada momento. Obviamente que isso está intimamente ligado à qualidade do modelo do seu treinador que deu uma identidade colectiva à sua equipa e que se espelha em cada decisão dos seus jogadores. Tecnicamente tem algumas debilidades inegáveis. Tem dificuldades na recepção e não é nenhum prodígio no passe ou mesmo no drible. No entanto sabe bastante do jogo. É craque mesmo sem marcar golos...


No estádio gostei muito do que vi e hoje constato que na altura estava longe de me aperceber do nível ofensivo do Liverpool. Defensivamente acho ainda pobre e, se conseguir melhorar, pode catapultar esta equipa para patamares em que o clube historicamente já percorreu.

Do West Ham não tenho muito a comentar. É uma equipa tipicamente inglesa e com ideias tipicamente inglesas. E isto é crítica suficiente... Fui procurar e a fonte que consultei (http://thefootballcolumn.com) coloca o West Ham como o 10º clube com maior investimento na Premier League nesta época (21,5 milhões de libras que equivalem a cerca de 26 milhões de euros) em reforço do plantel principal. Com este investimento, metade dos treinadores da primeira liga portuguesa construía uma equipa e uma forma de jogar tão melhor, que chega a ser difícil explicar as diferenças por palavras...

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