segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

O FC Porto de Paulo Fonseca - parte II


Segunda semelhante à primeira com uma única diferença. O Nacional definiu melhor as saídas da defesa para o ataque do que na primeira. De resto tudo na mesma.

Ofensivamente o FC Porto ataca quase exclusivamente pelos corredores laterais terminando constantemente as jogadas com cruzamentos pelos laterais ou pelos extremos. As oportunidades que a equipa tem de usar a qualidade de alguns jogadores para desequilibrar o adversário através de movimentos interiores (a partir do corredor lateral) e pelo corredor central. Segue um exemplo bastante elucidativo desta crítica.


E de seguida um exemplo de que, com os jogadores certos, é possível esconder estas debilidades na organização ofensiva.



Defensivamente, a organização continuo a ser posta em causa sucessivamente e a reacção à perda da bola é pouco intensa e sem princípios colectivos como fica muito claro no vídeo seguinte.



As referências individuais ficam à mostra em muitas situações e não consigo considerá-las acasos ou situações pontuais. A organização defensiva de Paulo Fonseca é frágil, em algumas circunstância sem ideias e baseada em princípios primitivos que os clubes de top já não usam há uns anos.


É só um jogo e posso por isso estar a ser injusto, mas depois desta análise para mim está claro o motivo das fragilidades exibicionais do FC Porto. No entanto, considero que o FC Porto continua a ser o mais forte candidato ao título porque tem um núcleo de 6 ou 7 jogadores claramente acima da média e que vão esconder estas fragilidades da equipa técnica. O que pode definir o resultado final são as lesões/castigos deste núcleo duro.

6 comentários:

  1. FT,

    Julgo este seu ultimo paragrafo do comentário um pouco incoerente após ter feito a apreciação que fez, pois um clube com tantas fragilidades no contexto de jogo, principalmente no que aos seus conceitos de jogo coletivo dizem respeito, não podem ser justificados pela maior valia individual (sua opinião), que não é assim tão maior... Ainda para mais quando as alternativas são tão escassas...

    Por outro lado, os seus mais diretos adversarios têm planteis mais equilibrados, e são orientados por treinadores com maior competencia.

    Julgo que apesar de na epoca passada, por exemplo o Benfica ter estado melhor ao longo da maior parte da epoca, tendo em conta as frentes em que a propria equipa se encontrava, fazer uma afirmação como a que fez, não seria despropositada nem incoerente, pois o grande problema do Porto, era mais de intensidade e vontade do que propriamente estratégico, agora nesta epoca o porto está orfão de estrategia coletiva e o seu treinador quer impor um modelo desadequado para as peças que dispõe, resultando no desnorte por exemplo num dos sectores em que o Porto tinha muita competência, isto é a defesa.

    Enfim opiniões....

    Boa análise, no entanto, ao jogo e equipa do Porto.

    Cumprimentos

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  2. Jorge,

    O último parágrafo é apenas um prognóstico, vale o que vale.
    Acho que não é incoerente porque quem joga são os jogadores... O facto da equipa técnica não criar uma organização colectiva forte não impede que a qualidade individual dos jogadores esconda essa fragilidade.

    O que pode ter grande influência são as lesões das peças fundamentais dos 3 candidatos e o ataque ao mercado de Janeiro.

    Veremos como vai ser.

    Cumprimentos,
    Telmo Frias

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  3. Concordo com a sua opinião na parte em que salienta o factor lesões que então no Porto terá um peso muito grande devido, obviamente, à falta de soluções à altura para determinados lugares e no que concerne ao ataque ao mercado de inverno...

    Se o Porto se reforçar com os jogadores que estão a ser referenciados pela Comunicação Social, provavelmente, ficará muito forte, talvez até o mais forte, refiro-me a R. Quaresma, Anderson (Man. Utd) e Neilson (julgo que é assim o seu nome, do Santos).

    Mas lá está, tudo isto é uma incognita, no entanto, julgo que, dado o momento actual, o Benfica está mais apetrechado e com mais uma ou outra contratação de Janeiro, poderá ser o principal candidato (dependendo tambem dos resultados destas equipas até ao fim mercado de inverno incluindo quando se defrontarem...).

    Quanto à possibilidade dos jogadores do Porto terem capacidade de esconder as fragilidades de indole coletiva, julgo que poderá acontecer contra equipas mais fracas mas contra as equipas com maior potencial, nem eles o conseguirão fazer....

    Exemplo disso são o Estoril, o Nacional, o Belenenses, que apesar de não ter um grande elenco, está muito bem organizado coletivamente, entre outros, por exemplo Gil Vicente, Braga...

    Daqui por 3 meses poderemos retomar esta conversa!!


    Abraço

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  4. É isso! Cá estaremos para ver o que acontece!
    Já agora, tenho dúvidas que o Quaresma seja reforço para alguém neste momento... :)

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  5. No último vídeo em que voltas a colocar referências individuais para mim não fazem sentido. Maicon não está coordenado com os seus colegas, é um facto. E é isso, só isso que leva a que o lance se desenrole dessa forma.
    Maicon deveria ter subido e não funcionar como libero. Mas isso é um erro do comportamento do jogador. Que não se sabe posicionar. Depois obviamente que os colegas têm de se adaptar. Toda gente está bem posicionada menos o Maicon. Coincidência? Ou será que por ter tido tão poucos jogos, não estará a 0erder as referências zonais? Defender zona requer concentração. E dentro de uma equipa deste nível requer um nível muito elevado de rotina com os restantes colegas. Em treino e em jogo.

    Abraço

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  6. Akwá,

    Tu dizes que colegas estão mal porque se adaptaram ao erro individual de Maicon. Eu digo que não há uma ideia colectiva e cada um adapta-se às situações baseando-se em critérios individuais. E há jogadores que acertam mais do que outros. Até podes ter razão e a responsabilidade ser exclusivamente de Maicon, por agora não posso confirmar nem desmentir. Mas o que não dá para esconder é que colectivamente não há coerência. Pelo menos neste jogo...
    Havemos de ver de novo o Porto e o tema há-de voltar a ser falado.

    Em relação à zona, completamente de acordo.
    Uma curiosidade que tenho é ver Maicon com Vítor Pereira. Um dia destes ainda vou ver as diferenças...

    Cumprimentos,
    Telmo Frias

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