quinta-feira, 8 de abril de 2010

Gostei tanto que tenho que copiar!



Quem me conhece sabe que não sou grande admirador do futebol praticado pelas equipas daquele que alguns descrevem como sendo o melhor treinador do mundo.
No blogue do Sr. António Boronha, que sigo com a atenção que o tempo livre me permite, li um artigo de opinião de dois amigos do autor do blogue sobre o "Zé Mário" como lhe chamam na peça. Colo aqui a parte que mais me interessa, o artigo completo podem lê-lo aqui.
"Muda aos cinco acaba aos dez
Finais dos anos setenta, grupos de miúdos a brincarem na rua, roupa suja, calçado com solas de borracha, bolas de catchú e «cambra d´ar», campos de terra e balizas marcadas com pedras ou com montinhos de roupa (casacos, camisolas).
O meu futebol não tinha treinadores.
Apenas miúdos com vontade de jogar, não existiam tácticas, existiam golos, pelo menos dez, às vezes os desafios terminavam noite escura, mal víamos a bola.
Finais dos anos setenta, princípios dos anos oitenta.
Nesse início de década, o Rio Ave era treinado por um antigo guarda-redes, Félix Mourinho e contava no plantel com um promissor futebolista com dezoito anos, Zé Mário Mourinho.
Diz-nos a história que o grande momento de Zé Mário nessa época de 1981/1982 foi ter-se sentado no banco de suplentes do Belenenses X Rio Ave e ter sido o décimo sétimo jogador do Sporting X Rio Ave, assistiu sentadinho na bancada do velhinho Alvalade a cinco golos de Jordão, dois de Manuel Fernandes e a mais um título do clube do leão, clube esse que anos mais tarde o contrataria para tradutor.
De jogador a tradutor e de tradutor a treinador, julgo que podemos resumir assim a carreira futebolística de Zé Mário.
O futebol, como eu o entendo, é prazer, é gozo, são sorrisos no campo, convívio e amizade nas bancadas, golos gritados (quanto mais melhor) e apupos aos árbitros e aos adversários circunstanciais, depois acaba o jogo, vai-se a revolta, molham-se as emoções com cerveja fresca e reconforta-se o corpo com couratos e torresmos quentes.
O meu futebol é o futebol sorrido de Messi não é o futebol encolhido de Mourinho.
O jogo não é, não deveria ser, uma guerra (táctica), prefiro os resultados de 2-2 ou de 4-1 que os insípidos 1-0; 0-1 mourinhescos.
Na minha opinião, Mourinho não trouxe nada de novo ao futebol, ficará conhecido pelos «mind games» e a bola não se joga com a mente, a qualidade não mente, joga-se com o corpo, com a inteligência, com «fair-play».
O futebol é o sorriso alegre dum menino baixito e não o riso irónico dum grisalho cinematográfico; são os pés, a vontade e os sorrisos dos jogadores que me apaixonam no futebol e não as palavras escolhidas, ressentidas de treinadores «fashion».
«José Mourinho contra Messi nas meias-finais» grita-nos A Bola na capa; entre o choramingas Zé Mário que há quase trinta anos assistiu em Alvalade à derrota do seu (dele e do pai) Rio Ave por sete a um (nesse Rio Ave jogava um tal Baltemar de Brito) e o sorridente Messi que encanta os adeptos de futebol quem apoiaremos, com quem estará o nosso coração de adepto do desporto-rei?", por Pedro Oliveira em 'António Boronha'
Está tudo dito!
As fotos demonstram o contraste dos "futebóis" praticados pelas equipas dos dois senhores... :)

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