Escolhi este como o jogo da jornada porque seria, à partida, o jogo mais difícil para os 4 da frente. O resultado acabou por ser desnivelado e o FC Porto resolveu o problema com alguma facilidade, sobretudo pelo qualidade individual que o seu plantel apresenta. Os dragões tiveram diversas oportunidades de golo que acabam por justificar o resultado e a diferença no marcador. O Tondela começou bem o jogo e impediu os dragões de criar oportunidades que não fossem com origem em situações de bola parada, mas o golo de Pepe mudou o jogo. Os beirões subiram um pouco as suas linhas e as oportunidades começaram a surgir, sobretudo na segunda parte.
Ainda assim, com o jogo controlado e a ganhar desde cedo, a equipa de Sérgio Conceição permitiu várias situações de cruzamento com igualdade numérica na área que os avançados do Tondela não conseguiram transformar em perigo eminente. A imagem abaixo é um exemplo claro disto que vos digo.
O mapa de passes é claro e mostra quem dominou a posse de bola e não há qualquer surpresa, foi o FC Porto. Ao contrário do que tem sido habitual, foi o corredor direito o mais activo na equipa campeã nacional. Manafá foi um dos mais activos do jogo em combinações com Óliver e Adrián. Estes doi espanhóis foram mesma os principais motores da equipa do Porto nesta deslocação difícil. Isto leva-me a questionar se as escolhas de Sérgio Conceição têm sido as mais felizes quando deixa constantemente de fora os jogadores mais talentosos da equipa para dar lugar a Marega, Soares, Fernando Andrade ou mesmo Otávio. Vamos ver o que acontece daqui para a frente.
O Tondela teve muito menos bola, como seria de esperar e é normal nos jogos contra os adversários mais fortes da liga. Num 4-4-2 bastante evidente no mapa, com Moufi, Ricardo Costa, Ricardo Alves e Joãozinho na defesa, Delgado, Jaquité, Bruno Monteiro e Xavier e Peña e Tomané no ataque. A posse de bola dos beirões foi sobretudo na fase de construção e porque o Porto opta por não pressionar alto para depois aproveitar as transições com espaço nas costas da defesa contrária. No ataque é visível a ligação entre o guarda-redes Cláudio Ramos e Tomané, que é fortíssimo a segurar a bola na frente mesmo contra as melhores defesa da liga e ainda algumas ligações entre Moufi e Peña, no corredor direito.
O gráfico de golos esperados espelha o que se passou no jogo com alguma fiabilidade. O Porto esteve por cima desde o primeiro minuto e a diferença foi-se adensando com o passar do tempo e sobretudo na segunda parte. O Tondela criou menos do que é normal e isso deve-se sobretudo ao controlo da posse que o Porto teve e que não costuma ter, sobretudo pela acção de Óliver que fez um jogo muito bom a que juntou um golo de belo efeito.
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