Foi um dos jogos mais interessantes entre grandes das últimas épocas e foi na taça da liga, competição que até há pouco tempo era desvalorizada por todos os clubes. O Porto vinha numa série impressionante de vitórias consecutivas travadas apenas pelo empate em Alvalade e o Benfica com Bruno Lage ainda só conhecia a vitória. Os dragões não contaram com Danilo e Otávio enquanto os encarnados não tiveram Fejsa e Jonas. Tudo muito equilibrado. E foi assim a primeira parte também. Erros individuais e coletivos em ambas as defesas e oportunidades de golo para ambas as equipas. Ao intervalo o resultado justo seria mesmo o empate, não fosse o golo mal anulado por fora de jogo a Pizzi.
Na segunda parte o Benfica entrou a dominar e podia ter empatado nos primeiros 15 minutos. Depois saiu Gabriel para dar lugar a Gedson e o Benfica nunca mais encontrou o seu melhor jogo. Gedson entrou bastante mal na partida e isso prejudicou muito a sua equipa que deixou de criar perigo no último terço. Aos 72 minutos entrou Castillo para o lugar de Pizzi e o Benfica deixou de conseguir fazer a bola chegar a zonas mais avançadas do terreno.
O Porto foi eficaz na finalização e aproveitou melhor os erros individuais do Benfica. Óliver foi sempre dos mais importantes na manobra ofensiva e foi quem mais ganhou com a saída de Gabriel. Brahimi conseguiu por diversas vezes desequilibrar em condução e foi também muito importante. Ofensivamente Militão foi quase inexistente e teve dificuldades em segurar Rafa, que voltou a estar em bom plano. Penso que é um erro escolher o melhor central do plantel para uma posição onde se sente menos à vontade e, sobretudo, onde tem mais dificuldades em fazer a diferença.
Não me parece que este resultado, sobretudo da forma como foi conseguido, tenha qualquer influência nos próximos jogos de ambas as equipas. O Benfica continua a crescer em termos de organização e penso que pode mesmo lutar pelo título, mas para isso tem que eliminar os erros individuais e alguns problemas de coordenação da última linha que se voltaram a sentir. Bruno Lage entrou na fase mais congestionada do campeonato e não tem tido tempo para trabalhar este tipo de lacunas. Desde que chegou joga de 3 em 3 dias e a rotina tem sido: jogo, recuperação, folga, treino antes do jogo e jogo novamente. Vamos esperar por uma fase mais tranquila para avaliar o trabalho de pormenor do jovem treinador português.
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