O jogo era complicado à partida porque o Vitória é historicamente um adversário difícil no seu reduto mas sobretudo porque o Vitória de Luís Castro atravessa uma fase muito boa com bom futebol e com excelentes resultados. E de facto assim foi. Jogo muito difícil e primeira derrota de Keiser.
Mais posse para a equipa do Sporting, mas como se pode facilmente perceber na rede de passes, a posse foi quase sempre na primeira fase de construção com Bruno Gaspar, André Pinto e Mathieu. O único destes 3 que teve capacidade para encontrar ligações com os médios foi Mathieu e sobretudo com Miguel Luís. Gudelj muito mais escondido que o médio português. Bruno Fernandes sempre o cérebro da equipa e em posições bastante subidas no terreno mas desta vez sem conseguir fazer a diferença no marcador. Diaby aparece bastante interior mas apenas porque ao intervalo trocou de corredor, após troca de Jovane por Raphinha.
Menos bola para os vimaranenses, o que é perfeitamente compreensível e faz parte da estratégia. E faz parte porque o objectivo de Luís Castro era impedir que os leões conseguissem ligar a primeira e a segunda fases de construção. A verdade é que o conseguiu com algum sucesso. O Vitória alinhou num 4-3-3 com Wakaso como pivô defensivo e a dupla Pepe e André André como interiores. No ataque, Tozé pela direita, Davidson pela esquerda e Guedes como ponta de lança. Apesar de menos posse o Vitória mostra claramente a intenção de procurar o corredor central para entrar no bloco adversário. Pepe foi importante para este facto e André André não foi tanto porque foi substituído ao intervalo. Rafa Soares e Davidson também estiveram muito interventivos e não foram chamadas apenas pelo central do lado esquerdo.
O equilíbrio foi em todas as vertentes, no controlo, no número de oportunidades (19 vs 17), na qualidade das oportunidades (1.93 xG vs 1.94 xG) e o resultado acabou por cair para o Vitória mas podia muito bem ter sido um empate. O resultado mais correcto seria talvez 2-2 mas os dois guarda-redes estiveram muito bem e impediram que o resultado fosse outro. Para terminar queria lembrar que temos vindo a avisar que o Sporting oferece demasiadas oportunidades de finalização a todos os adversários e que a eficácia ofensiva que vinha mostrando não podia continuar por muito tempo. Keiser mudou muito a forma de jogar da equipa desde que chegou e isso tem muito mérito, mas se quiser continuar a lutar pelo título de forma consistente tem que melhorar a forma como reage à perda da bola e ainda a forma como organiza a sua última linha.
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